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A 3ª Vara Criminal de Brasília condenou, nesta quarta-feira (17/12), o advogado Frederick Wassef a 1 ano e 9 meses de prisão, em regime aberto, por injúria racial, após o defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ofender uma funcionária de pizzaria em Brasilia.
O episódio ocorreu em novembro de 2020, quando o advogado teria dito à atendente que “não quero ser atendido por você […] Você é negra, tem cara de sonsa e não vai saber anotar meu pedido”.
Em outro momento, o advogado foi reclamar com a mulher sobre a comida servida pela pizzaria. Após ouvir a resposta da atendente, Frederick teria a insultado: “Você é uma macaca. Você come o que te derem”.
Réu desde 2022, após denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), Wassef negou as acusações e disse que nunca foi racista com a funcionária.
Entretanto, para o juiz Omar Dantas Lima, a palavra da vítima tem valor para embasar a condenação do advogado, além de testemunhas que corroboram o caso. O magistrado pontuou, ainda, que “algumas expressões carregam em si um significado ofensivo inequívoco”.
“Portanto, tem-se que o conjunto probatório confirmou que o réu desqualificou Danielle em razão da cor de sua pele na noite do dia 08/11/2020. O insulto de ‘macaca’, direcionado à ofendida, feriu a dignidade dela, uma vez que carregado de aviltamento e sentimento negativo”, escreveu o juiz.

