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A Associação dos Aposentados do Brasil (AAB), uma das entidades envolvidas no Farra do INSS, solicitou o desconto em benefício de pessoas mortas há décadas.
Levantamento feito pela Controladoria-Geral da União
(CGU) identiticou que a AAB, sediada em Brasilia, solicitou indevidamente, em mais de 27 mil casos, a inclusão de descontos associativos de pessoas já falecidas.
Foi o caso, por exemplo, de Jaime dos Santos, morto em 25 de outubro de 2002, aos 46 anos de idade.
Mesmo assim, a entidade pediu, em março de 2024, isto é, mais de duas décadas depois, o cadastro dele na lista de descontos do INSS.
“Trata-se de conduta que, em tese, configura tentativa de burlar os controles da Administração Pública”, explica a CGU. “Os fatos constituem forte indício de atuação fraudulenta, na medida em que supostamente revela a inexistência de qualquer manifestação válida de consentimento por parte do beneficiário”, prossegue o órgão controlador.
O caso da AAB não é exceção. Ao menos 31 entidades, de um universo de 38 que tinham autorização do INSS para realizarem os descontos, solicitaram a inclusão de pessoas mortas. A lista inclui nomes como Contag, Conafer e Ambec, que estão entre as maiores do país, considerando o número de filiados.
Levantamento feito pelo Metrópoles com base em documentos da CGU aponta que foram identificados 204 mil casos desse tipo.
