
Um ano antes das Eleições 2026, cujo primeiro turno está marcado para 4 de outubro, o PSB do Ceará começa a se movimentar para formatar suas chapas para a disputa proporcional, mas de olho na definição da chapa governista majoritária. Sob articulação do senador Cid Gomes, o partido tem pretensões ousadas: fazer a maior bancada partidária na Assembleia Legislativa e eleger pelo menos 5 deputados federais.
As articulações de bastidores apontam que o partido poderá redesenhar o mapa político do Estado para 2026, mas isso não acontecerá sem custos. Há embates, inclusive com outros aliados do governador Elmano de Freitas (PT). A tendência é isso se intencificar.
O primeiro ato público, que acontece nesta sexta-feira (3), é a filiação de pelo menos sete prefeitos e do ex-prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves, que é um dos candidatos a deputado federal pela legenda.
O ex-prefeito exerce influência na Região Metropolitana, tendo pelo menos sete prefeitos em seu grupo político, todos aliados também ao deputado federal Júnior Mano, peça central na estratégia política defendida pelo senador.
PLANO POLÍTICO ROBUSTO
Caso consiga colocar em prática a estratégia proporcional já comentada nos bastidores, Cid pavimenta o caminho do PSB rumo a um papel central na formatação da chapa majoritária governista.
Embora o PSB seja presidido formalmente no Ceará por Eudoro Santana, pai do ministro da Educação Camilo Santana, é Cid quem tem comandado os movimentos estratégicos.
PAPEL DO PARTIDO NA ALIANÇA GOVERNISTA
Inegavelmente, o PSB é um dos principais partidos na base de apoio ao governador Elmano, mas há uma discussão sobre qual nome o partido deverá apresentar para ocupar uma das quatro vagas da chapa. O nome de Cid é apontado como preferido de Camilo e Elmano para o Senado, mas o próprio senador tem sinalizado que defende o nome de Júnior Mano como opção para o posto.
CID E CAMILO CONVERSAM SOBRE 2026
Os debates têm gerado uma série de especulações nos bastidores. Os impasses já geraram divergências entre os principais líderes do grupo. Recentemente, entretanto, Cid disse a interlocutores que a parceria com o governador e o ministro Camilo está mantida, embora venha fazendo ponderações aos dois.
Uma das queixas do senador, apurou esta Coluna, é sobre um trabalho que estaria em curso no PT para atrair lideranças, em detrimento de outras siglas aliadas como o PSB. Esse assunto foi tratado entre Cid e Camilo recentemente e, segundo a mesma fonte desta coluna, o assunto ficou pacificado.
