Screenshot
O cantor Zezé Di Camargo – que figura no centro de uma polêmica após criticar o SBT e as filhas de Silvio Santos pela recepção ao presidente Lula e ao ministro do STF Alexandre de Moraes no lançamento do SBT News – foi beneficiado em R$ 2,47 milhões com a prorrogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) pela gestão petista.
Na prática, duas empresas do cantor sertanejo, a Classical Holding Intermediação de Negócios Ltda e a MAC Produções Ltda, foram isentas de pagar impostos, respectivamente, em R$ 1,9 milhão e R$ 571,4 mil, de acordo com levantamento feito pela coluna. O montante corresponde ao período entre abril de 2024 e março de 2025.
As informações constam no último relatório de acompanhamento do programa, divulgado em junho, pela Receita Federal. O Perse foi extinto em abril deste ano, após atingir ao teto de R$ 15 bilhões em isenções fiscais. O programa foi uma iniciativa do governo Bolsonaro criado para apoiar o setor de eventos, gravemente afetado pela pandemia de Covid-19.
A Lei do Perse, publicada em maio de 2021, chegou a ser encerrada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vi Medida Provisória em 2023, mas o Congresso reagiu e renovou o benefício, a contragosto de Haddad, que à época buscava equilíbrio das contas públicas. Após acordo com parlamentares e com o setor de eventos, o governo Lula estabeleceu que o Perse teria vigência até durar os R$ 15 bilhões reservados para o programa.
O benefício consistia em zerar as alíquotas dos tributos do IRPJ, CSLL, Cofins e PIS/Pasep sobre as receitas e os resultados auferidos pelas empresas do setor de eventos.

