Aumento de chuvas pode facilitar surgimento de pneumonias

Aumento de chuvas pode facilitar surgimento de pneumonias

A pneumonia é uma infecção pulmonar provocada por microrganismos (vírus, bactéria ou fungo) ou pela inalação de produtos tóxicos. Ela pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou devido às mudanças bruscas de temperatura. No caso da região amazônica, onde há um aumento de chuvas nos meses de novembro a março, as mudanças repentinas de temperatura podem comprometer o funcionamento dos pelos do nariz, que são responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que favorece uma maior exposição aos microrganismos causadores de pneumonias.

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Fabiano Luís Schwingel, pneumologista do Sistema Hapvida, explica como ocorre o contágio da doença, e quais suas possíveis complicações.

“A pneumonia, de uma maneira geral, é decorrente de uma exposição a algo que lhe causou uma infecção bacteriana no pulmão. A causa pode se dar pela via inalatória. A gente classifica a doença em graus de evolução, determinando em casos bem graves a internação do paciente. Na maioria das vezes, ela responde muito bem a antibióticos e terapia oral. No entanto, em casos raros as sequelas seriam o chamado ‘derrame pleural’, onde se junta líquido no espaço pleural, no espaço da costela e pulmão sendo retirado somente com a ajuda de dreno”, afirmou.

Ele ainda destaca qual o tratamento mais adequado em pacientes infectados pela pneumonia. “Varia conforme a gravidade e histórico de vida do paciente, se por acaso ele não tiver algum problema em engolir a medicação, ou não apresentar alteração grave nos exames laboratoriais feitos, ele pode prosseguir no tratamento domiciliar. Caso contrário, ele precisará fazer o tratamento completo dentro do hospital, pelo menos até a estabilização clínica, apresentando melhoras e não precisar correr o risco de ir para a UTI. Então, o tratamento depende dos critérios de estabilidade clínica e comorbidades que o paciente venha a ter”, finaliza.

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Sintomas e tratamento 

Os sintomas mais comuns da doença são: tosse com secreção (pode haver sangue misturado); febre alta (podendo chegar a 40°C); calafrios e falta de ar ou dor no peito durante a respiração. O tratamento depende do microrganismo causador da doença.

Nas pneumonias bacterianas, devem-se usar antibióticos. Na maior parte das vezes, quando a pneumonia é causada por vírus, o tratamento inclui apenas antitérmicos e analgésicos para aliviar os sintomas, podendo ser necessários medicamentos antivirais nas formas graves da doença. Já nas pneumonias causadas por fungos, utilizam-se medicamentos específicos.

As principais formas de prevenção são recomendações simples como: lavar as mãos, não fumar, evitar aglomerações e se vacinar. Atualmente, existem vacinas disponíveis para a pneumonia pneumocócica que, mesmo não sendo capazes de prevenir todos os casos de pneumonia, podem evitar as formas mais graves.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação contra a gripe reduz bastante as hospitalizações por pneumonias. Por isso, devem ser vacinados os grupos considerados mais sujeitos às formas graves da doença: gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, crianças de seis meses a dois anos, profissionais de saúde, doentes crônicos, pessoas privadas de liberdade ou com 55 anos de idade ou mais.

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