Em entrevista coletiva nesta terça-feira (28/01/2020), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a pasta subiu o comitê de emergência para nível 2, que significa “perigo iminente”.
A principal mudança é a vigilância: a Organização Mundial da Saúde (OMS) alterou a atenção para qualquer pessoa vinda da China — antes, eram só os advindos de Wuhan. O uso de máscara especial pelos agentes também será adotado.
Mandetta afirmou que há um caso suspeito em investigação em Minas Gerais. Mais de sete mil situações foram analisadas, e só uma se enquadra na definição dada pela OMS.
A paciente é uma mulher de 22 anos, que esteve em Wuhan, na China. Ela relata não ter ido ao mercado de peixes, onde se acredita ser o epicentro da epidemia. Quatorze pessoas próximas à estudante estão sendo monitoradas.
Ligação de Bolsonaro
De acordo com o chefe da pasta, o presidente Jair Bolsonaro ligou pra ele e solicitou que a população seja bem informada e que o sistema de saúde se prepare da melhor maneira possível para responder à situação.
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O ministro afirma que é momento de tranquilizar a população. Ele lembra que o caso não está confirmado ainda e foi importado, ou seja, não aconteceu a partir de contaminações em solo nacional.
A paciente está em quarentena, e aguarda o resultado de um exame meta genômico para confirmar ou descartar o coronavírus. O resultado deve sair até sexta-feira (31/01/2020).
Segundo Mandetta, a brasileira se encontra estável e bem de saúde, assim como as pessoas mais próximas dela. Ela veio de um voo com escala em Paris e Guarulhos, antes de seguir para Belo Horizonte.
Ele sugere que se evite viagens à China. De acordo com o ministério, a estimativa é de que cheguem 250 pessoas por dia vindas do país asiático ao Brasil.