Um dos mecanismos que a Prefeitura de Eusébio tem utilizado para o enfrentamento da Pandemia é a ampliação de testagem em pessoas com sintomas gripais. Segundo o secretário de Saúde do município, Josete Malheiro, o acumulado de testes para Covid-19 já é equivalente a mais de 22% da população de Eusébio: “Até o dia 31 deste mês vamos ter ultrapassado toda a quantidade de testes realizados no ano passado. Essa é a explicação para a alta incidência de casos confirmados no município. Nós testamos mais,” pontua.
Diz que a testagem funciona da seguinte forma: o paciente que tiver algum sintoma deve se dirigir ao posto de saúde mais próximo e lá é realizar o teste Swab. “Realizamos a testagem logo no primeiro dia de sintomas, antes era a partir do sétimo dia. O paciente é orientado a permanecer em isolamento até que o resultado seja conhecido, e mesmo com o resultado negativo, se permanecerem os sintomas, ele deve repetir o exame em até sete dias”, destaca.
Caso o paciente seja testado positivo, Josete relata que o próximo passo é o monitoramento pelas equipes de saúde das condições clínicas do paciente em domicílio, com visitas do farmacêutico e da equipe no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que investiga os sinais de alarme, como dificuldade de respirar, febre e dores de cabeça persistentes, dentre outros sintomas.
No ato das visitas, ou por telefone, a equipe da saúde busca identificar e monitorar também as pessoas que convivem com o paciente que testou positivo, orientando que se apresentarem sintomas também devem procurar o posto de saúde e fazer o teste, além de orientar o isolamento.
Primeira e segunda onda
Para o secretário, a chamada segunda onda da doença que estamos enfrentando, se caracteriza por ser mais grave e crítica que na primeira onda, ocorrida no ano passado. Desde a segunda quinzena de janeiro/2021, a média de pacientes residentes no Eusébio que necessitaram de internação diária oscila entre 15 a 25, pacientes/dia. “A diferença da primeira para a segunda onda é que em vez de pessoas idosas ou com comorbidades sendo as mais acometidas, nessa segunda onda não há faixa etária definida, a evolução é mais rápida, elevando o número de óbitos de pessoas mais jovens. Outra diferença é que na primeira onda os casos começaram nas cidades litorâneas para o interior e nessa atual tem ocorrido de forma linear, isto é, em todos os lugares com a mesma proporção e ao mesmo tempo”, observa.
Desabastecimento
Além disso, cita outras questões como: o risco desabastecimento de insumos e medicamentos usados em pacientes internados, que é um problema grave nacional; além disso há uma sobrecarga de trabalho das equipes de saúde, com acúmulo de horas de trabalho a fio, a infecção de profissionais e até óbito, como ocorreu com uma dentista do CEO de Eusébio. “Aqui no Eusébio estamos com uma situação estabilizada com relação a insumos, oxigênio e medicamentos para sedação para o processo de intubação de pacientes, mas caso não haja uma articulação governamental nacional, a situação pode afetar todos os municípios”, avalia.
O prefeito Acilon Gonçalves destaca que todos os esforços tem sido feitos para oferecer um atendimento de qualidade aos pacientes acometidos por Covid-19 em Eusébio e lembra que o melhor remédio continua sendo a prevenção. “Não pegar a Covid é a melhor saída, até que tenhamos vacina suficiente para todos. Por isso peço a cada morador de Eusébio que mantenha os cuidados pessoais, evitando sair de casa, utilizando a máscara, higienizando as mãos e nunca participar de aglomerações. Mesmo dentro de casa deve manter os cuidados necessários para evitar o contágio. Assim estará preservando a sua vida e a das demais pessoas,” conclui.