Wladimir Costa, ex-deputado federal do Solidariedade, foi condenado nesta segunda-feira, 23, por injúria e difamação, em processo movido pela atrizes Glória Pires, Letícia Sabatella e Sônia Braga e pelo ator Wagner Moura. A sentença foi do juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília, Osvaldo Tovani.
Em 2017, quando era parlamentar, Wladimir se referiu aos artistas como “vagabundos da Lei Rouanet”, “bandidos”, “aproveitadores” e “assaltantes dos cofres públicos”. Na época, eles lançaram site que pedia à Câmara dos Deputados que aceitasse denúncia criminal da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o então presidente Michel Temer (MDB).
O juiz não aceitou o argumento da defesa de que Wladimir estaria protegido por imunidade parlamentar. Houve entendimento que as ofensas não tiveram relação com atividade do mandato. O ex-deputado foi condenado a nove anos e nove dias em regime aberto, pena substituída por pena alternativa, que poderá incluir pagamento de cestas básicas e prestação de serviço comunitário.
O parlamentar era ferrenho defensor de Temer e chegou a tatuar o nome do ex-presidente no ombro direito. A tatuagem era de henna.
No fim do mesmo ano de 2017, Wladimir teve o mandato cassado por caixa dois e abuso de poder econômico na campanha de 2014. Em março de 2022, ele já havia sido condenado por injúria e difamação contra a jornalista Basília Rodrigues.

