
O Instituto Conservador Liberal (ICL), think tank criado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro(PL-SP), recebeu pelo menos R$ 250 mil do PL em 2024.
Segundo a prestação de contas da sigla à Justiça Eleitoral, o valor foi pago ao ICL de uma só vez em julho e era referente a “eventos promocionais – diárias”.
O montante representa menos de 1% do total de R$ 203,8 milhões em despesas declaradas pelo PL ao TSE até agora. A prestação de contas da sigla de 2024 ainda está aberta. O prazo acaba em junho de 2025.
O ICL é responsável por organizar eventos conservadores pelo Brasil. Entre eles, o CPAC. Em 2024, a conferência ocorreu em Balneário Camboriú (SC), em julho, justamente o mês em que o PL fez o repasse ao instituto.
Além de lideranças conservadoras brasileiras, como Jair Bolsonaro, o CPAC contou com a presença do presidente da Argentina, Javier Milei, no que marcou sua primeira visita ao Brasil após ser eleito.
Questionado pela coluna sobre que evento do ICL teria recebido o repasse do PL, Eduardo Bolsonaro não respondeu. O espaço segue aberto para eventuais manifestações do deputado.
PL também fez repasses a advogado próximo de Eduardo
O instituto conservador foi fundado por Eduardo Bolsonaro e pelo advogado Sérgio Sant’Ana em 2019, primeiro ano de mandato do então presidente Jair Bolsonaro (PL), pai do deputado.
Além do próprio ICL, o PL registrou R$ 600 mil em pagamentos para Sant’Ana em 2024. O montante foi depositado em seis parcelas, em troca de “serviços de consultoria jurídica”.
PL e o fundo partidário
Em 2024, o PL declarou ao TSE R$ 241,7 milhões em receitas. Desse total, R$ 239,8 milhões são oriundos do fundo partidário, abastecido com recursos públicos do Orçamento da União. O restante são doações privadas.
Do total das receitas, a sigla já declarou ao TSE ter desembolsado R$ 203,8 milhões, dos quais 98,9% foram pagos com fundo partidário. A prestação de contas do PL ainda está aberta. O prazo final para conclusão é 30 de junho de 2025.
