Julho Verde alerta para o diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço

Julho Verde alerta para o diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço

O mês de julho é dedicado ao diagnóstico e o tratamento do câncer de cabeça e pescoço. A campanha Julho Verde tem como objetivo promover informação e treinamento para o enfrentamento da doença. O mês é celebrado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), desde 2016, e conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da União Internacional para o Controle do Câncer.

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A doença se refere a todos os tumores malignos que podem aparecer nas estruturas localizadas acima do nível das clavículas, ou seja, que pode atingir regiões como boca, fossas nasais, faringe, laringe; os ossos da face; os tumores de pele da face, do pescoço e do couro cabeludo; as neoplasias malignas das glândulas salivares e também o câncer da tireóide e das paratireóides podem ser acometidas. Essas regiões da cabeça, quando agrupadas, representam hoje a segunda maior incidência em homens brasileiros.

O que tem preocupado especialistas é que, a cada dez pessoas que investigam a doença, seis são diagnosticadas em estágio avançado, o que significa que as chances de cura caem para em torno de 40%. Se diagnosticado precocemente, as chances de cura do câncer de cabeça e pescoço podem chegar a 90%. De acordo com o INCA, 43 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço são diagnosticados a cada ano, o que resulta em cerca de 10 mil mortes.

“O diagnóstico precoce é a nossa principal arma quando se trata esse tipo de problema, isso porque, quando a doença avança piora muito a situação do paciente, ele se opera numa situação clínica muito mais complicada e, às vezes, podem ser necessários tratamentos como a quimioterapia e a radioterapia. Quanto antes começar o tratamento, melhor”, orienta Francisco Bomfim Jr, cirurgião de cabeça e pescoço.

Causas

Especialistas alertam que o primeiro fator que pode ocasionar o câncer de cabeça e pescoço é o excesso de exposição à luz solar. Cerca de 60% dos casos ocorrem na região da cabeça e pescoço. De acordo com Bomfim Júnior, a situação do paciente pode ser agravada quando o hábito de fumar e de consumir grandes quantidades de álcool é uma rotina do indivíduo. Segundo o especialista, o efeito desses dois fatores se multiplica quando a mesma pessoa associa os dois hábitos.

“O cigarro é um clássico fator envolvido nesse tipo de câncer, sendo a principal causa do câncerde boca, garganta e laringe. Quando esse hábito é associado ao álcool, o risco de aparecer um câncer aumenta em torno de quatro a oito vezes. Há também, atualmente, o risco do HPV, que é o vírus do papiloma humano em que alguns tipos desses vírus podem ser causadores de câncerde garganta ou de orofaringe”, explica o especialista.

Prevenção

Alguns cuidados podem ser tomados para evitar esse tipo de câncer.

  • Usar chapéu, boné, filtro solar, evitar exposição nos horários de maior insolação
  • Evitar o tabagismo
  • Evitar o consumo de álcool
  • Na prevenção do câncer de orofaringe é fundamental a prática do sexo de forma segura e muito importante a vacinação contra o HPV para as crianças de ambos os sexos, antes do início da vida sexualmente ativa.

Tratamento

As principais opções de tratamento para pacientes com câncer de cabeça e pescoço incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia alvo. Em muitos casos, mais do que um desses tratamentos ou uma combinação deles podem ser utilizados. Segundo o médico, os pacientes podem ser tratados de forma diferente para cada tipo de câncer que possa surgir na região da cabeça e pescoço.

“É importante entender que a cirurgia de cabeça e pescoço é uma especialidade que tem as suas complexidades em que tendemos sempre a preservar as funções do órgãos, mas nem sempre é possível. Então, quanto menor o tumor, menos avançada a doença, mais fácil para o cirurgião tratar o problema. O câncer de cabeça e pescoço, no Brasil, continua sendo um grande desafio no século XXI”, alerta Bomfim Jr.


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