Por G1 CE
05/12/2019 21h51 Atualizado há uma hora
O Ministério Público do Estado de Alagoas denunciou por homicídio cinco pessoas, sendo três homens e duas mulheres, por suposto envolvimento na morte de duas cearenses na Praia de Maragogi, no dia 27 de julho último. Segundo a acusação, os denunciados “não investiam em segurança, não fornecendo coletes salva vidas aos passageiros e também lucraram com a superlotação” do catamarã onde as duas mulheres morreram no acidente.
Maria de Fátima Façanha da Silva, de 65 anos, e Lucimar Gomes da Silva, de 69 anos, estavam na embarcação que colidiu contra uma pedra.00:00/01:36
Cinco pessoas indiciadas por acidente com catamarã em que duas mulheres morreram
“Entendemos que o MP foi bem rápido, o processo é complexo, mas ainda tem uma longa estrada pela frente. Falta a Justiça fazer o acolhimento da denúncia e instaurar a ação penal. No nosso entendimento, pela denúncia do MP, como houve um dolo, que vitimou fatalmente duas pessoas, deve ir a júri popular”, defende o advogado das famílias das vítimas, João Rafael Furtado.
Conforme a denúncia, o catamarã levava 54 turistas e quatro tripulantes, quantidade acima da capacidade permitida. Relatos de testemunhas ouvidas na Delegacia de Maragogi e na Capitania dos Portos, apontam que o porão do barco já apresentava quantidade de água anormal.
Naufrágio de catamarã em Maragogi, Litoral Norte de Alagoas, deixou duas pessoas mortas — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
Ainda de acordo com o advogado, a empresa que prestava o serviço não tinha autorização para funcionar. “Estavam com as licenças canceladas, mesmo assim assumiram o risco para prestar o serviço, motivadas, muitas vezes pela ganância, e acabou gerando essa tragédia”, alega, afirmando também que não havia colete salva-vidas suficientes no barco.