
Morreu na manhã desta quarta-feira, 19, a jornalista Déborah Lima, aos 52 anos de idade, em decorrência de complicações de um câncer. A profissional atuou como presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e foi repórter de política do Grupo de Comunicação O POVO. Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento da comunicadora fortalezense.
O Sindjorce e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiram nota de pesar lamentando a morte da jornalista. “Nos despedimos de uma verdadeira guerreira, que deixou uma marca indelével em nossas vidas e em nossa história. Déborah será lembrada com carinho e gratidão por tudo que representou para a história do jornalismo cearense e para a história dos jornalistas do Ceará”, diz trecho da nota.
Para o atual presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita, a jornalista foi, além de uma excelente profissional, uma grande líder na luta sindical dos jornalistas do Ceará. “Com a Déborah, eu, particularmente, aprendi tudo. Ela ensinou a gente a lutar, a defender nossa categoria profissional e é um exemplo de garra, entusiasmo, força e resiliência”, disse.
De acordo com o jornalista de política do O POVO, Gualter Jorge, que compartilhou vivências com a profissional durante sua atuação no veículo, a jornalista transparecia entusiasmo em todas as causas que se comprometia. “Uma boa companheira e de boa convivência e compromisso. A gente perde uma profissional muito vigilante e atenciosa com texto muito preciso”, destaca.
O atual diretor da Associação Cearense de Imprensa (ACI), Salomão de Castro, que também trabalhou com a jornalista na editoria de política do O POVO, entre os anos de 2003 e 2004, detalha que a profissional sempre foi muito participativa. “Tinha uma capacidade de mobilização muito grande”, pontuou.
A ACI disse, em nota de pesar, que o legado de inquietação da jornalista irá se estabelecer “no empenho combativo da classe trabalhadora”. “Suas aspirações por um mundo igualitário nos motivam a enfrentar os grandes desafios”, disse o presidente da ACI, Helly Ellery.
Déborah Lima foi formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e era assessora de imprensa da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam). A jornalista também atuou como dirigente dirigente da Fenaj ocupando os cargos de tesoureira e diretora de mobilização.
Além do O POVO, a jornalista chegou a trabalhar em outros veículos de comunicação cearense. Entre eles, a Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Bancários, jornal O Estado, Pró-Produções, Rede Record, TV Ceará, Rede TV e rádios CBN, Extra, RCN, AM do POVO e Universitária FM. Em 2003, Déborah foi premiada no “Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo”, categoria jornal.
