
A troca de Ricardo Salles por Joaquim Leite no Ministério do Meio Ambiente, que, no primeiro momento pareceu atender a demandas de setores do senado e das relações internacionais, está sendo vista com ceticismo por descontentes e como sinal de manutenção a política ambiental instituída pelo antecessor. Ambientalistas definem o novo ministro como “ruralista-raiz”, e estão descrentes quanto às possibilidades de mudança de rumos. Investidores cobram “iniciativas e resultados palpáveis” na política de preservação de florestas.
Entre os desafios propostos por estes setores estão pontos que confrontam posições do Planalto, como a liberação de R% 2,9 bilhões retidos no Fundo da Amazônia. O acesso aos recursos, no entanto, implica reatar com os comitês gestores, com os quais o governo federal rompeu. A injeção da verba seria imediata, com potencial de reverter resultados no desmatamento e também nas relações internacionais. Para isso seria preciso restabelecer as conversações com Noruega e Alemanha, rompidas por Salles.
Outras demandas do setor ao novo ministro incluem: a retomada do plano de controle do desmatamento, revogado por Salles, a recomposição do Conselho Nacional de Meio Ambiente e a reconstituição das metas do Brasil no Acordo de Paris, que foram rebaixadas em 2020. Joaquim Leite ainda não se posicionou publicamente sobre nenhum destes temas.
