Os funcionários terceirizados da Enel,concessionária de energia elétrica do Ceará, paralisaram as atividades nesta segunda-feira (30). A categoria, que representa a maioria entre os servidores da empresa, é responsável por todos os serviços emergenciais, comopanes, ligação e religação de energia e tudo o que diz respeito ao funcionamento da rede rede elétrica no Estado.
Por decisão tomada em assembleia da categoria, os terceirizados estão em estado de greve desde o dia 26 de novembro por discordar da proposta da empresa apresentada na convenção coletiva anual dos trabalhadores.
De acordo com dois funcionários que pediram para não ser identificados, entre as razões que levaram à paralisação está o “baixo índice de reajuste salarial” oferecido – de 4% – bem como a proposta de retirada de alguns benefícios, conquistados em convenções anteriores, como ajuda de custo em deslocamento superior a 100 quilômetros e vale alimentação adicional para aquele que fizer mais de 4 horas extras. O salário de um terceirizado é de R$ 1.468.
Além disso, a empresa quer que as rescisões de contrato de trabalho deixem de ocorrer no sindicato da categoria e passem a acontecer na sede da própria empresa terceirizada.
“A gente corre muito risco elétrico, não deixamos de trabalhar um dia sequer durante essa pandemia e a empresa não está reconhecendo isso”, disse um dos terceirizados ouvidos.
Resposta da Enel
Em nota, a Enel “informa que está adotando todas as medidas cabíveis e concentrará todos os esforços para garantir o atendimento adequado aos clientes. A distribuidora ressalta que se trata de uma paralisação parcial e esclarece, ainda, que não interfere nos processos de pagamento salarial entre as prestadoras de serviços e seus respectivos empregados”.
Além disso, a empresa afirma que “está reforçando junto às parceiras que cumpram com suas obrigações trabalhistas bem como do contrato de prestação de serviços”.