O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) derrubou, na quarta-feira (3), a liminar que impedia a retomada da investigação aberta para apurar se Adélio Bispo de Oliveira agiu a mando de outras pessoas na facada contra o presidente Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral em Minas Gerais, em setembro 2018. As medidas estavam suspensas desde 2019. As informações são do Uol.
No ano que o fato aconteceu, a Justiça Federal em Juiz de Fora (MG) pediu quebra de sigilo bancário, apreensão do aparelho celular e outros documentos do principal advogado de Adélio Bispo, Zanone Manuel de Oliveira Júnior.
Em dezembro daquele ano, a Polícia Federal apreendeu os materiais, que não foram utilizados na investigação.
A suspensão das quebras de sigilo e apreensões foi determinada pelo relator do caso, desembargador Néviton Guedes, do TRF-1.
MEDIDAS ‘VIOLARIAM SIGILO PROFISSIONAL’
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autora do pedido contra as medidas, considerava que elas violariam o sigilo profissional do advogado. Também julgava que ele não era investigado pelo crime, que configurou tentativa de homicídio.
Hoje em dia, no entanto, a decisão de primeira instância foi restabelecida pelo TRF-1. Zanone Manuel foi procurado pela reportagem do Uol, mas não se manifestou.
REABERTURA DO CASO
Já o advogado Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, que também representa a defesa de Adélio Bispo, disse que não vê motivos para o caso ser reaberto.
“Nós cremos na seriedade e competência da Polícia Federal e temos a certeza de que não há uma prova sequer para reabertura do caso, sobretudo por nada existir que embase isto”, afirmou.