A nova variante Ômicron do coronavírus representa um “risco muito elevado” para o planeta, advertiu nesta segunda-feira (29) a Organização Mundial da Saúde (OMS), que também destacou as incógnitas sobre esta mutação, especialmente sobre o perigo real que ela representa.
“Até o momento não se registrou nenhuma morte associada à variante Ômicron”, afirmou a OMS em um documento técnico, que apresenta conselhos às autoridades sanitárias para tentar frear a disseminação.
Na última sexta-feira (26), a OMS já havia classificado a nova variante como “preocupante”. “A variante B.1.1.529 foi relatada pela primeira vez à OMS pela África do Sul em 24 de novembro de 2021 […] Esta variante tem um grande número de mutações, algumas das quais são preocupantes”, disse.
CASOS
A identificação da nova variante da Covid-19 foi anunciada na quinta-feira (25) na África do Sul. Um caso também foi detectado em Israel em uma viajante que retornava do Malawi, e outro em Hong Kong.
A Bélgica anunciou, na sexta-feira, ter detectado um caso da nova variante, sendo, assim, o primeiro país da Europa com registro de ocorrências da Ômicron. O continente europeu, porém, já vive novos surtos em algumas regiões, e países do bloco já impuseram medidas mais rígidas.
Devido à nova cepa, vários países já cancelaram ou restringiram os voos procedentes do sul-africano. No Brasil, a medida restritiva foi recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência sugeriu restrições para, além da África do Sul, outros países africanos como Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
O texto aconselha, ainda, que viajantes brasileiros e seus acompanhantes legais façam quarentena após desembarque no País caso tenham origem ou passagem pelos países africanos alvos da medida.