Saiba como proteger seu cachorro do contágio pelo novo coronavírus.

Saiba como proteger seu cachorro do contágio pelo novo coronavírus.

No Brasil, já foram registrados os dois primeiros casos de coronavírus em cachorros. O vírus foi detectado pelo exame RT-PCR em um buldogue francês e um vira-lata, segundo pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Por isso, para que os cuidadores de cães do Ceará saibam como proteger seu pet, o Diário do Nordeste conversou com os veterinários Maria Fátima e Rafael Groberio.

Como prevenir o contágio?

Para evitar o contágio do seu cachorro é necessário que o dono também esteja seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Pois, embora os animais domésticos não possam transmitir a doença para seus cuidadores, o inverso pode acontecer, explica a virologista, professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e membro do Grupo de Trabalho de Combate ao Coronavírus na Uece, Maria Fátima da Silva Teixeira.

“Os principais cuidados para proteger o seu bichinho é o seguinte: evitar aglomerações”, diz Maria Fátima. Segundo a virologista, o recomendado é também não permitir que outras pessoas acariciem o animal, “porque elas podem ter o vírus nas mãos e transmitir”.

Outro fator que merece bastante atenção, conforme aponta o médico veterinário Rafael Groberio, é que a qualquer sintoma semelhante à Covid-19 que o dono apresente, ele deve imediatamente evitar a proximidade com o cachorro. 

Meu cachorro está com Covid-19, o que fazer?

De acordo com Maria Fátima, é raro cães apresentarem sintomas de Covid-19, pois eles apresentam grau de suscetibilidade menor. “Então, em geral, eles raramente apresentam os sintomas ou apresentam sintomas leves. Se acontecer, serão respiratórios e digestivos, como uma leve diarreia”, afirma.

O tratamento será semelhante ao adotado por humanos: isolamento, evitando assim que o bichinho contaminado transmita para outros cães. É necessário fazer a desinfecção do ambiente em que ficará isolado e higienizar bebedouros e comedouros. Além de “deixá-lo mais à vontade, menos estressado, procurar algum algum tipo de brinquedo em casa, para que ele possa se distrair e não ficar muito estressado”, detalha Maria.

“Cada caso é um caso, depende da situação dele (cachorro) e dos sinais clínicos que vai manifestar”, acrescenta Rafael. Segundo o médico, o uso de suplementos, uma boa alimentação e uma terapia de suporte será importante para o tratamento do pet.