O senador Reguffe (Podemos-DF) articula no Congresso a derrubada do veto do presidente Bolsonaro a um projeto que facilita o acesso a remédios orais contra câncer por meio dos planos de saúde.
A justificativa do presidente para o veto foi o prejuízo financeiro aos planos de saúde e o fato de o parlamentar não ter indicado de onde viriam os recursos ou a comprovação de que haveria sustentabilidade financeira da saúde complementar com a medida.
Reguffe, autor do projeto, discorda. Para ele, há estimativas de que é mais caro fazer o tratamento nos hospitais do que com medicamentos que, apesar de caros, podem ser administrados em casa. “Vamos derrubar o veto. Já há uma grande mobilização de oncologistas e de associações de pacientes da luta contra o câncer”, disse o senador. Ele também diz que o projeto não traz nenhum centavo de despesa aos cofres públicos.
Na votação que aprovou o projeto no Senado, o placar teve os votos favoráveis de todos os 74 senadores que estavam na sessão e de 389 deputados na Câmara. Para aprovar um veto presidencial é necessária maioria absoluta dos plenários da Câmara e do Senado.
Pelas conversas que teve com os colegas ao longo do dia, o senador acredita na derrubada do veto. “Há uma sensibilização muito grande pelo projeto. Só lamento que os pacientes oncológicos tenham que esperar mais um mês para ter acesso à terapia oral de forma desburocratizada”, conclui.